2005-08-31
Urgência. Godspeed You! Black Emperor. Sim, pode ser All Lights Fucked on the Hairy Amp Drooling. É para ele destilar raiva. Enquanto termina um ensaio inútil. Segismundo.
Declaração para os devidos efeitos. Não, ele não tem um Volkswagen. E não, ontem ele não foi ao Crato ver os Beach Boys. Mas quase. Segismundo.
Sur scènes. A mentira como padrão, ainda que apenas em relação a um tópico particular da vida, interessa pouco como mentira. Aliás, revela mais sobre o agente da mentira e as suas relações do que sobre a mentira. A mentira como padrão é relevante sobretudo enquanto decorrência de uma necessidade dramatúrgica, enquanto manipulação estratégica de expressões e impressões. E, no específico caso de corresponder a um padrão, é relevante pela persistência, pela fixação duradoura do e no engano, pelo engano em que o próprio agente da mentira se envolve. Mas como toda a representação é contra os públicos, também todos os públicos são contra a representação. E, obrigada à publicidade em todos os palcos, dos mais expostos aos mais reservados, a mentira como mentira tende a tornar-se insustentável, evidente. Quando vai a ilusão, fica a desilusão. E uma máscara caída no chão. Segismundo.
Never say never. Há certezas da vida que o tempo faz não serem certezas. Segismundo.
Se queda de graves. Em que sentido cai o pêndulo?, quando cai. Segismundo.
Bouquet. O amante ofereceu-lhe rosas. Extasiada, perturbada pelo rubor de incandescência das pétalas, ela não percebeu os espinhos. Já era tarde, depois. O Marquês.
2005-08-30
Manobras em pêlo, ii. Dorian Grey exibe a vaidade na montra, como se fosse espelho e sol de cinza. Segismundo.
Agenda. Cinco de Outubro, vinteeuma, Lisboa, Centro Cultural de Belém, John Cale. Segismundo.
Porque a vida é uma única canção, Our time.
I may be dead honey
but i was left with my eyes
and underneath sugar
well i've been stung by your lies
and my heart baby
is cold and blue
We're two of a kind baby
Me and You
It's our time sweet baby
To Break on through
It's the year to hated
so glad that we made it
Cuz all the kids in the street
Whisper sounds that sweet
The stars under their feet
Well it's the year to be hated
One two ready go
its our time
to be hated
All right
to be hated
come on kids
its our time
to be hated
all right
well it's the year to be hated. © Yeah, Yeah, Yeahs. Segismundo.
Catálogo
Surrealismo matinal. Avisados de véspera, os olhos que madrugam vigiam a batota e, com vantagem, jogam-na com disfarce, jogam-na para a carne. O que vêem mata. O que jogam não se diz. Segismundo.
Remate para a vida. Da madrugada para a consumação. O carrossel. O boomerang. As mãos sem culpa. Os corpos despertos. O jogo onde não há vítimas. Onde não há engano. Apenas exagero. Segismundo.
Sad about girls? O princípio é o das danças ocultas. Fingir que ninguém vê, fingir que ninguém sabe. A sombra sobre a sombra. Segismundo.
Água de sangue. Com paixão. Segismundo.
2005-08-29
Ironia, contingência e consequências. Saber para não confiar. Segismundo.
Vias de corpo
Página do livro dos equívocos, ix. Trignometria não rima com Trio Odemira. Segismundo.
Corpomáquina. Um jipe, dois rapazes. Quase a
2005-08-28
O jardineiro triste. Viu uma flor de aço, aquela, a mesma, a dela, embrulhada em nuvem. Segismundo.
Coabitação. É o excessso que habita o corpo? ou é o corpo que habita o excesso? Segismundo.
Página do livro dos ofícios, v. É no corpo que se faz a saudade do corpo e dos lugares. Segismundo.
Rumos. O regresso do Sítio da Catraia é inevitavelmente um movimento de desperdício. Daí que, depois de cada regresso, por tudo, se torne lá. Segismundo.
2005-08-27
Desassossego. Irónico sofre. Que bolos haverá lá? Segismundo.
Manobras em pêlo, i. Dorian Grey descobriu o sol, entre as sombras. Sobre ele investe as garras. Ataca-o, inclemente. Segismundo.
Do murmúrio ao grito. Ele há horas da manhã em que dizer bom dia não faz sentido. Porque o corpo já cai. Porque a tentação arrasta tudo para depois. Porque o desejo é o mesmo de antes. Porque não há memória do horizonte. Porque o tempo se fecha urgentemente na pele. Porque as mãos, em gesto, devolvem-no ao ritmo sincopado do aperto. Do aperto contra o corpo. Do corpo que já cai. Do corpo que regressa sem ter ido. Porque foi tocado. E não esquece, acusa, o toque. O último dela. Segismundo.
Batota. Que a menina do sorriso bonito lhe examine, olhos nos olhos, demoradamente o olhar, admite-se. É um jogo de distâncias, sem corpo. Que, depois, o beije, sem quê e sem para quê, é que ultrapassa as regras de civilização. Pois ninguém é condenado a regressar à casa de partida assim, fora de jogo, sem antes lançar os dados. E merecer a sorte. Segismundo.
Histerese e linha. A partir de determinado momento deixamos de ser super heróis. Mas a sensação dessa desqualificação surge apenas mais tarde. Quando, depois, muito depois, alguém recorda e celebra nostalgicamente o elenco de excessos e de limites outrora sobejamente ultrapassados. A idade faz-nos patéticos. Sempre. A memória, em diferido, confirma-o. Segismundo.
2005-08-26
Diga trintaeseis. O único super Mário que verdadeiramente existe chama-se Jaiminho. Segismundo.
Mas Heidegger também morreu. Por mais estranho que pareça, de battre mon cœur s'est arrêté, morre-se vivo. A morte é uma necessidade da vida. Apenas pela morte a vida sobrevive. Segismundo.
Estação das decepções. Chove. Sente-se na face. Segismundo.
A theory of justice. Uma das dificuldades em ser-se justo reside no facto de a medida de correspondência não dever ser a reciprocidade. Não é ténue o friso que nos separa da
Página do livro dos demónios, x. Aprendemos os limites da
2005-08-25
A
Depois de Diógenes. Somos o que somos e dizemos bom dia para enganar, escreveu o Vincent. Segismundo.
A orgia na volta do correio. Motivos negros. Rarities. Eps. Japanese editions. Import editions. Bootlegs. CocoRosie. Hanne Hukkelberg. Interpol. Joanna Newsom. Josephine Foster. Kimya Dawson. Lau Nau. Mark Ward. Six Organs of Admittance. Sufjan Stevens. The Arcade Fire. Yeah, Yeah, Yeahs. Segismundo.
Roteiro para a puta da vida não ser. Vertigem e carrossel, tudo no mesmo corpo. O que é a confiança?, uma hipótese, entre outras. Antes, a sinceridade. Do ut des. Segismundo.
Página do livro das sentenças, xxiii. Sabemos quem somos quando a resposta exacta é o silêncio. Segismundo.
Aproximação a deus. O que seja divino é tópico para entreter a imaginação. Mas há duas vivências que seguramente aproximam da experiência de ser deus, ainda que menor. Uma dessas vivências é a esquiva ao sono. Durante o período máximo possível dormir o mínimo possível. Apuram-se os sentidos. Aceleram-se os reflexos. O tempo torna-se útil. Os gestos adequados e precisos. A outra vivência que aproxima da condição divina é a velocidade dos trânsitos. O embalo vertiginoso separa os caminhos, deixando quase sempre apenas uma via, uma hipótese. É a orgia crash nas mãos. Acordados e acelerados o que somos emerge limpo. Não há película civilizacional para disfarçar. Não há tempo para ser diferente. Quando depois deste excesso o corpo é convocado para a queda, não se deve resistir. Deve-se cair. A queda desperta. E permite tornar à vertigem. É isto a vida. É isto viver. Segismundo.
2005-08-24
Dorian Grey in furs. O primeiro sono em leito proibido. Segismundo.
Mundo de aventuras, ii. Um rapaz está preparado para quase tudo, excepto a maternal raiva de quem não é a sua mãe e procura a redenção para um edifício íntimo cujas paredes estão caiadas de traição e já não é edifício. Segismundo.
Mundo de aventuras, i. Ela, bom dia, chamo-me Xis, preciso falar consigo... Ele, bom dia. Ela, sobre o meu marido e a sua namorada. Porque os equívocos têm sempre algum motivo, ele, embora não a conhecesse, decidiu ouvir o que ela tinha a dizer. Ela ensaiou um longo monólogo. Quebrado apenas por uma interrogação, sem sintonia com o discurso. Ele, prefere pêssegos? ou maçãs? Ela, já me tinham dito que você, embora boa pessoa, era um pouco estranho. Ele, já fui mais, tanto que agora não tenho preferência. Ela, eu também não. Ele, pêssegos, então, pode ser? Ela, sim, pode ser. Sorriu pela primeira vez e continuou o monólogo. A denúncia da traição. Segismundo.
A puta da vida como desporto radical. Os sentidos em extremo. O limite. Não a queda, mas o voo. E atender números de telefone estranhos. A realidade é suficientemente surreal. Acontece até aquilo com que não se sonha. Por não haver tempo ou cerimónia para dormir. Ou para morrer sob rendição. Ou para acordar. Que se foda, heaven can wait! Segismundo.
2005-08-23
Liber. Para um liberal old fashion, topless, mais do que liberdade, é emancipação. Segismundo.
Página do livro das latitudes, viii. A infracção, sentida como acto de liberdade, como gesto mandado pelo desejo, vivifica. Até matar. Segismundo.
Sociedade anónima. Foucault já dissertou sobre o fenómeno com sagacidade e elegância analítica de sobejo. Um dos elementos constitutivos da grei, mais do que a lei e a sua operação, é a informação com origem indefinida que circula gratuita e difusamente entre os indivíduos. É um facto que, em última instância, nada garante a veracidade dessa informação. Muitas vezes tal informação estriba e nutre mitos, mentiras ou cabalas. Porém, grosso modo, essa informação é o resultado de um acumulado não intencional de testemunhos singulares. Na prática, cada um, na sua individualidade, empresta a voz para produzir um efeito deep throat alargado, não passível de ser remetido a um autor particular. O que alguém viu ou ouviu num acontecer público ou privado, o que alguém viu ou ouviu num restaurante, o que alguém viu ou ouviu num hotel, o que alguém viu ou ouviu numa rua são fontes que reportam realidade, arquivadas e distribuídas numa lógica reticular, sem centro. São estes diversos testemunhos anónimos e não monopolizáveis ou controláveis - não é plausível a materialização de uma agência central que seja capaz de produzir e processar este tipo de informação - que acabam por revelar uma espécie de padrão em determinados factos e denunciar realidades que se pretendiam ocultas. Daí que que os segredos sejam difíceis de produzir e preservar. A articulação comunitária do conjunto dos sentidos de cada um, designadamente a visão e a audição, produz uma imagem quase invisível e um murmúrio quase inaudível, dispositivos sociais com uma extraordinária eficácia e eficiência. É por isso que jogar às escondidas, verdadeiramente, é não jogar esse jogo. A sociedade é um universo de pequenas irmãs e irmãos que nos vigiam e escutam. Small sisters and brothers are watching and listening you é o slogan orwelliano latente das composições sociais modernas. Neste sentido, não surpreende, pois, que muitos dos processos sociais, ainda que improváveis, sejam quase auto-regulados. A lei é um acaso, um limite. Opera apenas, quando e nos modos em que é operada, em situações extraordinárias. Porque, por defeito, qualquer indivíduo é um vigilante anónimo. É aí que começa o princípio da disciplina e da sujeição. É aí que começam os sujeitos. O que faz com que qualquer juiz togado seja um guardião da hipocrisia colectiva celebrada numa determinada publicidade. Indiferente a este plano, na sociedade anónima observam-se e auscultam-se discretamente as intimidades, as reservas. E vê-se e ouve-se mais do que quem protagoniza os gestos íntimos ou reservados tem propensão a admitir e julgar. Mau juízo. Segismundo.
Vertigem. Até cair. Os rapazes não se querem íntegros. Os rapazes não choram. Segismundo.
Transparência. No jogo das escondidas, you can run, but you can't hide!, quem melhor se esconde, para além de quem não joga, é quem finge não jogar. Segismundo.
2005-08-22
Página do livro dos googlemas
You know that it would be untrue. Ardeu também o sofá azul da puta da estrada nacional centoetreze. Segismundo.
Página do livro das latitudes, vii. Enganado não é quem é, é quem se deixa ser. Segismundo.
Verdade ou consequência. Depois de ter testemunhado um demorado exercício de hipocrisia, ele pôs-se a interrogações, a tolerância é consequência de mansidão? ou de rectidão? Pouco importa a resposta. Inocente ele não quer ser. E assim tão virtuoso nem é crível nem é plausível que ele seja. Segismundo.
2005-08-21
Agenda, ii. Quatro de Dezembro, Lisboa, Aula Magna, dEus. Segismundo.
Agenda, i. Dezoito de Setembro, Porto, Casa da Música, Diamanda Galas. Segismundo.
Página do livro das sentenças, xxii. Nenhuma fraqueza supera a paixão por sorrisos. Segismundo.
Saturday night fever. Carnívoro, não é presa, é predador. Segismundo.
2005-08-20
Sóis da manhã. Seteetrintaequatro. Como não são horas de dormir
2005-08-14
Menu. Pausa. Outra vez. Gregório R.
Agendoutono. Trintaeum de Outubro, Lisboa, Coliseu dos Recreios, Antony & the Johnsons. Segismundo.
Dos
Ascensão social dos gestos. É possível observar e constatar a destreza das mulheres num conjunto de gestos. Mas em nenhum, para além do engano, se observa destreza maior do que no aperto do biquini. Também não é motivo para espanto. Outrora a espécie esteve sob intenso treino a dar o nó mais abaixo, no avental. Segismundo.
2005-08-13
Má fé. É fingir a evidência, negando-a. Segismundo.
O enunciado permanente da tragédia. Dois princípios. Nenhum é mais certo do que o outro. E ambos, tanto na origem quanto no destino, repetem-se. Segismundo.
Dark side. O que se oculta é porque se julga vantagem. Ou porque acontece vergonha. Segismundo.
Falha humana. Nos gestos quase tudo se decide numa equação ou de precisão ou de lealdade. Segismundo.
2005-08-12
Amortraição. O amor é o maior de todos os enganos. É um dispositivo, entre a espererança e a obsessão, que ilude e se alimenta a si-mesmo na ilusão e para a ilusão. Parece para sempre, o amor, mas não é assim tão eterno. É a consciência dessa precariedade que a ilusão não permite. É por isso que no amor os gestos não são avisados. E traem. Para sempre. Segismundo.
2005-08-10
Roteiro de pastos pequenos. Alidoce, em S. Teotónio; Pão do Rogil, no Rogil. Segismundo.
Roteiro de
Roteiro de sóis. Pêndulo entre o Carvalhal e a Amoreira. Segismundo.
2005-08-09
Menu. Pausa. Gregório R.
2005-08-08
O ISCTE* É MAU PAGADOR,
mas telefonaram a dizer que
o pagamento é já a seguir
e que uma providência
cautelar é uma coisa
muito chata
mas telefonaram a dizer que
o pagamento é já a seguir
e que uma providência
cautelar é uma coisa
muito chata
Agenda para depois. Tournée por jardins de ventoinhas, sob o cheiro morno das terras do Douro e do Tâmega. Segismundo.
Sons de uma noite de verão. Atomic, free sobre groove para pés descalços em jardim. O resto é cartilagem. Segismundo.
2005-08-07
Solilóquio de Segismundo. É o que este blog quase é. Mas nem é nem será La vida es Sueño. A danação não permite. Nicky Florentino.
2005-08-06
Página do livro dos equívocos, viii. Jaga Jazzist não é Wibutee. Segismundo.
Agenda. Hoje, dezoitoaetrinta, Fundação Calouste Gulbenkian, auditório dois, Alexander von Schlippenbach trio, com escala em São Martinho do Porto. Segismundo.
Smoke. A cidade pequena dorme, no que dorme, sobre um denso lençol de fumo de incêndio. É isto, no que mais é, a puta da vida em autenticidade. Segismundo.
2005-08-05
Página do livro dos googlemas. O tópico, maternidade aberração -aborto -contracepção -hospital -salário -licença -down, é extraordinário. O mistério porque a girafa tem o pescoço tão comprido também. Porém, aqui, o negócio é mais ou preguiça ou inutilidades. Segismundo.
Agenda. Hoje, vinteeumaetrinta, Fundação Calouste Gulbenkian, anfiteatro ao ar livre, Globe Unity Orchestra. Segismundo.
Amores
Às vezes, o Cheshire Cat não é o gato. A avózinha foi afligida por desejos. Bolos, coisas doces, queria muito ela. Em conformidade com o desiderato que a agastava, tratou a senhora de seduzir duas das pequenas bestas devoradoras, as netinhas com mais idade - não necessariamente as com mais tino. Rogou-lhes que demandassem o que era sua intenção comer na pastelaria da dona Manuela e que, como recompensa pela empreitada, poderiam elas escolher a iguaria que pretendessem. As meninas, novidade, não se comoveram com a proposta. Torceram mesmo o nariz. E foi com notório enfado que, obrigadas, foram aos bolos. Não obstante este facto, porque oportunidade é oportunidade, trouxeram as criaturinhas um bolo para cada uma. Ainda assim, chegadas, ditaram cerimónia em comê-lo por, confessaram, estarem a ensaiar uma dieta. Tinham-se visto em biquini e pôs-se-lhes no juízo que necessitavam de resgatar a elegância. Acometidas por tais raciocínios, as meninas deixaram os bolos sobre a mesa da cozinha e foram parlamentar sobre as conveniências e as inconveniências de comerem o respectivo bolo. Entretanto, por quase magia à Mandrake, os bolos desapareceram. Elas haviam deixado a porta da cozinha aberta. Para todos, a hipótese que surgiu mais plausível foi um ataque do gato. Há antecedentes sobejamente verificados e testemunhados da afoiteza e do gosto da criatura. Pouco importa que, na ocasião, o gato estivesse a dormir. Até porque, argumentou de forma convincente o tio casualmente por ali aparecido, o sono do felino parecia sono de regalado com bolos. Que sim e mal pareceu o mesmo aos outros. Segimundo.
Cena da borda da estrada quando manhã ainda baixa. Uma puta, sentada num sofá azul, a ser consultada por um desgraçado, cavaleiro do asfalto, montado sobre uma Zundapp. Segismundo.
2005-08-04
Trip de ida. Às vezes acontece a vontade de mandar tudo para. Mas tudo é muito, é demais. O próprio mandante pertence a esse tudo. E é muito provável que não esteja disposto a ir para. Daí que sensato seja ordenar que apenas o sobejo, o resto vá para. Porém, o mundo, tudo, fica sempre. Nunca vai. É o que dá ser delicado no mando. Segismundo.
Estilo é. Ter um olho à cyborg. Segismundo.
Ecos do veneno do dia. Súbito, a revelação numa voz, numa voz a cantar,
Sweet the sin, bitter the taste in my mouth.
I see seven towers, but I only see one way out.
You gotta cry without weeping, talk without speaking
Scream without raising your voice.
You know I took the poison, from the poison stream
Then I floated out of here, singing
Ah la la la de day
Ah la la la de day. Segismundo.
2005-08-03
The man who sold
De um lugar de onde se vê o mar. Antes do princípio, já passos precipitados, o horizonte em frente. Segismundo.
2005-08-02
Uma paleta de tolerância. Não discuto. Sim, pode ser em navy blue. Em fúchsia é que não. Disse ele. Segismundo.
Cata-vento. Muitas matérias de gesto, de palavra ou de omissão tendem a ser remetidas ao carácter de quem gesticula, apalavra ou omite. Mas, em rigor, pouco adianta remeter ao carácter das gentes os gestos, as palavras ou as omissões. Ao trambelho, então, se é oscilante, mais do que as marés ou os ventos, adianta ainda menos. Segismundo.
Desejo
Agenda. Revisão de . Segismundo.
You've got mail. Estes - sim, se se olhar com denodo percebe-se que são vários indivíduos com o mesmo traje - remeteram correspondência de extraordinária extracção para o postigo deste tugúrio. Diga-se, na puta da vida abundam as coincidências. Quando se esquece a improbabilidade dessas coincidências há quem se atreva a falar em sistema. E a acreditar que tudo funciona. Neste caso, porém, é mais aconselhado falar em milagre. Tanto mais que, caso se decida contratar os serviços tão oportuna e prestimosamente propostos pelos tais senhores, para além do gozo de vir a verificar que os devedores deixarão de gozar com o dinheiro devido, há a tentadora hipótese de beneficiar de um desconto de cinco porcento sobre o valor das despesas de cobrança, se a decisão em contratar os referidos serviços for tomada até ao final do corrente mês. É aconselhável, pois, que alguém tome em consideração esta ameaça. Quanto mais não seja porque, para além da eventualidade de lerem Kafka, Os Senhores do Fraque parecem o homem da Regisconta, aquela máquina!, apessoado. Segismundo.
2005-08-01
Sobre o zombie que disse para esperarmos por ele. Compreende-se que o senhor Prof. Doutor Carmona Rodrigues apode o senhor dr. Santana Lopes com a vestusta expressão “uma coisa do passado”. É de lá que, como qualquer outra criatura que seja, o fulano é. E, de facto, é uma coisa ou coisa assim. Nicky Florentino.
A décimaprimeira tese sobre Feuerbach, por
Página do livro dos equívocos, vii. Donnie Darko não é Donnie Brasco. Jake Gyllehaal não é Johnny Deep. Ver um coelho não é enganar um mafioso. E assim sucessivamente. Segismundo.
Sem refrão. E tudo em mim é um fogo posto. Posto de raiva. Segismundo.
A falocracia nos esboços da portaria n.º seiscentosevinteedois/doismilecinco, de um de Agosto. Como a Inês, aqui neste tugúrio compreende-se o zelo governamental em relação à farda do senhor comandante operacional nacional e dos senhores comandantes operacionais distritais do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil. Um e outros são criaturas que merecem asseio e estilo de uns trapinhos engomados. Lamenta-se, porém, a opção por farpelas unissexo. Pode ser mania, admite-se, mas a farda das senhoras devia ser diferente da farda dos senhores - entre outros detalhes, devia, a elas, assentar-lhes e salientar-lhes as formas, sejam as da natureza, sejam as da silicone ou de qualquer outro tipo de manipulação. É nestes pormenores que se percebe que a pátria está entregue a uma cambada de legisladores falocratas. E maus. No mau sentido do termo. No sentido que tange a estupidez. Segismundo.
Na jukebox. “(I can’t get no) Satisfaction”, original d’The Rolling Stones, por PJ Harvey e Bjork, em performance ao vivo durante a cerimónia de entrega dos Brit Awards de milnovecentosenoventaequatro. Segismundo.
2003/2024 - danados (personagens compostas e sofridas por © Sérgio Faria).