Sur scènes. A mentira como padrão, ainda que apenas em relação a um tópico particular da vida, interessa pouco como mentira. Aliás, revela mais sobre o agente da mentira e as suas relações do que sobre a mentira. A mentira como padrão é relevante sobretudo enquanto decorrência de uma necessidade dramatúrgica, enquanto manipulação estratégica de expressões e impressões. E, no específico caso de corresponder a um padrão, é relevante pela persistência, pela fixação duradoura do e no engano, pelo engano em que o próprio agente da mentira se envolve. Mas como toda a representação é contra os públicos, também todos os públicos são contra a representação. E, obrigada à publicidade em todos os palcos, dos mais expostos aos mais reservados, a mentira como mentira tende a tornar-se insustentável, evidente. Quando vai a ilusão, fica a desilusão. E uma máscara caída no chão. Segismundo.