Á menos. O caso é clássico, portanto antigo. Estamos a começar a ver-nos gregos, declarou uma agência de notação financeira, a standard & poor’s, que como qualquer criatura sabe é entidade credenciada, sabedora da poda, e a crise económica que para aí grassa é que veio à revelia dos ratings da república e, como as putas atrevidas, não devia ter vindo porque ninguém a convidou. Assente-se, a bolsa é cartilagem, o bolso é osso. E como no teatro de capitais e estupefacientes o que parece é - daí a propensão à especulação - e portugal é uma entidade cabotina, o que parece não é, isso nota-se e, porque o psi vinte não se sabe o quê, a comédia transforma-se em tragédia. Entretanto houve pec e - o anúncio foi feito - brevemente haverá medidas, por conta dos senhores medidores e orçamentadores do costume, o que é uma notícia boa. Não há motivo para desesperar. Outrora, quando a bola só saía às segundas, quintas e sábados e o record só saía às terças, sextas e domingos, é que o fmi vinha aí e o slb era campeão muitas vezes. Nicky Florentino.

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Crash tactics. O fazer, o tédio de fazer e o tédio de não fazer, um episódio que salva embora interrompendo as páginas do jornal. A mãe açoita o filho com estridência na praça, mas eu não te tinha já avisado?, o fair play maternal, os assentos na carcaça do cachopo ecoam, a mãe mostra os dentes às testemunhas da esplanada que absorvem sol e café, rosna baixinho, depois o fair play possessivo, o filho é meu, exclama, rosto de deus. Há ainda tanto problema para a demografia resolver. Segismundo.

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Ser popular. O amolecimento da configuração moderna e a resistência das mesmas instituições, a lottizzazione do estado sob as formas mais diversas, a cartelização da mediação política a granel, a dissolução moral e anímica dos aposentados e da pussy generation que exige comprazimento imediato e regular, perante estas condições e sob o devir que concretizam qualquer regime político é mau por só poder ser mau. Sempre. Nicky Florentino.

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Metrópole. Agora são os dias de não voltar a casa, os dias novos, sem abrigo ou paradeiro. Já não é época de digressões ou peregrinações e depois o porto seguro, isso acabou, acabou sem remissão. Como nós, cada um de nós, os anjos não sobreviveram aos deuses ou à humanidade. Os néons e as sombras resplandescem ao mesmo tempo. O exorcismo colonial, a tolerância de ponto, os aeroportos encerrados, outra vez os autocarros e os comboios, o destino que lavra nos campos de morangos para sempre são modos do mesmo atraso moderno. Que quotidiano agora?, o mesmo sem o regresso, sem a prótese chamada ilusão. Segismundo.

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Regras que nunca te dirão, xiii. Depois de morreres, levarás a tua liberdade para a cova, será a única coisa tua que levarás, todo o mais será carregado e levado pelos outros que te levarem. Segismundo.

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Do ut des. O senhor presidente do psd pronunciou-se pela desparasitação, desestatizar, desgovernamentalizar, despartidarizar. Diante tanta clareza, já se sabe o que não irá acontecer. Nicky Florentino.

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Regras que nunca te dirão, xii. Dura mater sed mater, o mesmo que dura mater set, match, ainda o mesmo que dura mater checkmate, não o mesmo que dura mater, check matters. Segismundo.

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Pelo avesso dos pam, iv. Alma, consciência, espírito, palavras que não devem ser usadas, pois não há cuidado que justifique o uso delas. Segismundo.

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Página do livro das conformações, i. People are strange people. Segismundo.

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