Metrópole. Agora são os dias de não voltar a casa, os dias novos, sem abrigo ou paradeiro. Já não é época de digressões ou peregrinações e depois o porto seguro, isso acabou, acabou sem remissão. Como nós, cada um de nós, os anjos não sobreviveram aos deuses ou à humanidade. Os néons e as sombras resplandescem ao mesmo tempo. O exorcismo colonial, a tolerância de ponto, os aeroportos encerrados, outra vez os autocarros e os comboios, o destino que lavra nos campos de morangos para sempre são modos do mesmo atraso moderno. Que quotidiano agora?, o mesmo sem o regresso, sem a prótese chamada ilusão. Segismundo.