<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d5515885\x26blogName\x3dAlbergue+dos+danados\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://alberguedosdanados.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttps://alberguedosdanados.blogspot.com/\x26vt\x3d-5653591469084247704', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>
Albergue dos danados

Blog de maus e mal-dizer 

2010-10-28


Iniciais e primordiais já não podemos ser. Défice. A palavra é simultaneamente grave e solene. É quase nome de doença porém não é doença. As circunstâncias, a recorrência das circunstâncias, tornaram-na uma palavra íntima, nacional, muito nacional. Ainda se diz crise mas crise é uma palavra com significado cada vez mais almofadado. Dizer crise é como nomear um familiar ou alguém que se conhece e com quem não é agradável estar. Está todavia passa. Daí que o hábito, um hábito como outro qualquer, tenha levado os portugueses a adoptar a palavra crise e o que a palavra significa ainda que não o significado duro da palavra. Crise agora é com anestesia, é como alguém que tratamos à vontade e com à vontade e até logo. Com a palavra défice sucede mais ou menos o mesmo mas com gravidade e solenidade. Por isso a palavra confiança foi também resgatada, não tanto para animar quanto para iludir, e é usada na órbita da palavra défice. Como confiança remete para futuro - futuro que há-de acontecer provavelmente -, o enredo vai-se compondo com sugestões e enunciados de intenção com inclinação para a fantasia. Défice, o défice. Confiança, a confiança. Portugueses, os portugueses. E a puta que os pariu. Por um princípio de actualidade, a realidade é preferível às memórias e às expectativas. No entanto os gentios tendem a esquivar-se. Se já dói e vai doer, porquê imaginar que vai ser como vai ser?, porquê não imaginar que vai ser diferente? Percebe-se a economia da dissonância cognitiva. Nicky Florentino.


Enviar um comentário

2003/2024 - danados (personagens compostas e sofridas por © Sérgio Faria).