o tédio suportado por um sniper. há muito tempo que não havia uma noite destas. julguei que esse tempo não voltaria a apanhar-nos, que o tínhamos conseguido enterrar quando acabámos o muro, quando a última pedra posta nos permitiu a segurança e a confiança para esquecê-lo. julguei que não teríamos de tornar a viver o mesmo medo, o mesmo terror que vivemos durante aqueles dias, todos os dias, até termos chegado aqui. hoje esse medo ressuscitou. voltámos a perder. mas não perdemos para sempre. amanhã iremos. um silvo. O Marquês.