2012-09-14
O falhanço que não é falhanço por não poder ser falhanço, segundo o senhor doutor Rabaça. Em entrevista publicada na edição de quarta-feira do diário de notícias (n.º 52.384, 12.setembro.2012, pp. 6-9), o senhor ministro de estado e das finanças afirmou que “não há nenhum falhanço na execução orçamental” (p. 8). Por isso não demorou a explicar o «falhanço na execução orçamental» como se não fosse «falhanço na execução orçamental» nos termos seguintes: “o que acontece é que, se temos um ajustamento em que a contracção da procura interna é maior do que se previa no programa, e a contracção da massa salarial é também maior do que a que se previa no mesmo programa, temos efeitos sobre as receitas fiscais e sobre as contribuições sociais. Por outro lado, (...) o desemprego tem tido uma evolução mais desfavorável, o que, conjugado com alguns dos outros efeitos já referidos, tem como consequência que o orçamento da segurança social sofra um peso bastante maior” (pp. 7-8). Vamos lá a ver, «programa» não é «orçamento» e um e outro não têm qualquer relação, ó cambada de ignaros. Por isso é que, assente-se - e ora mais sete porcento -, as estimativas inscritas no orçamento não foram falhadas, as previsões do programa é que não foram acertadas. Nicky Florentino.
2003/2024 - danados (personagens compostas e sofridas por © Sérgio Faria).