via dolorosa. sinto-me o pai que pode tudo, criador e adestrador soberano, na circunstância em que testemunho a angústia e o sofrimento de que qualquer vítima pretende ser ou estar isenta mas que, por vontade minha, determinação pela qual me alcanço, não indulto. não prescindo da franquia em dor, administro-a, cobro-a, porque é daí que recebo a condição por que me faço e que me satisfaz. também sou vítima por isso, condenado, porém justo, não sofro o que os outros sofrem por causa de mim, não espero a redenção atraída por orações repetidas em arco, numa volta que acaba sem nunca acabar, livrando o lastro em cada torno para acolher mais culpa, culpa nova. a minha culpa acumula e disso padeço e cresço. seguiu-se a ovação. O Marquês.