Escada de Πcoito. Por esta via. Percebe-se tudo, nisto. Percebe-se que “alguém com tendências homossexuais, seja qual for o grau” - sim, a questão não é meramente de tendência ou, vá lá, de orientação, é também de acento - pode “ser um bom pai numa relação heterossexual”. Rewind, “bom pai numa relação heterossexual”, ponto final, não há dúvida, é ontologia. As relações são muito importantes, convém não esquecer, porém há as boas e há as outras, como os pais, sendo que os pais só são, porque só podem ser, nas boas. Como sugeriu alguém, o real é relacional ou vice-versa. Percebe-se também a da “lésbica activa”, porque, sabe-se, uma lésbica é como um vulcão. Não é por um vulcão não expelir magma que não é o que é. Importa não confundir vulcões com géisers. Fica sem se saber se uma lésbica inactiva tem tendências homossexuais e, se sim, em que grau, mas a lógica não é para aqui chamada, o assunto é de ciência e nesse chanfro deve ser considerado. Pode mesmo acontecer que haja uma lésbica activa em grau zero. Onde as sirenes começam a soar, porque se sente o avanço rápido em marcha à ré, é nesta, “não faço qualquer juízo moral. Cada um é livre de viver como bem entende, desde que não prejudique os outros”. Pois, embora possa não parecer, isso de não prejudicar os outros é já assento moral. Se activo, se passivo, se em que grau, que se foda. Segismundo.