<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d5515885\x26blogName\x3dAlbergue+dos+danados\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://alberguedosdanados.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://alberguedosdanados.blogspot.com/\x26vt\x3d-7878673483950887896', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe", messageHandlersFilter: gapi.iframes.CROSS_ORIGIN_IFRAMES_FILTER, messageHandlers: { 'blogger-ping': function() {} } }); } }); </script>
Albergue dos danados

Blog de maus e mal-dizer 

2011-09-23


Dia das noites iguais. Estou cansado de corações que choram ou sangram, que não caçam, que não têm a disposição furtiva dos cabrões ou das putas. O motivo não é a saturação, é a fartura. Estou farto, afirmo-o. Esta redundância é para o estilo, releve-se. Interessa-me o outono, o boreal, porque sou septentrionale, com os pés acima de um dos limites da declinação do sol, o trópico de câncer. Sou do norte. O arrefecimento tempera o que o calor destemperou. O frio é preferível, devolve o padrão, permite a calibragem de ações, afeições, refeições e relações. Praias boas são as praias frias. Quem prefere ou procura os caldinhos tem cérebro mole, propensão a ser iguana, portanto não justifica ou merece respeito. A propósito de cérebro mole, saiu nas notícias que, por precipitação, vem por aí abaixo não se sabe bem o quê com a envergadura de um autocarro. Enquanto a coisa estava além do perigeu podia-se o sossego, até porque não tinha estatuto de notícia, era apenas mais um dos destroços da sucata que povoam em enxame o sidério. Agora sente-se o desassossego ligeiro da hipótese noticiada, o céu pode cair-nos sobre a cabeça. Não é motivo para sobressalto. O céu cabe dentro de qualquer cabeça, porém é preferível que espere suspenso. Heaven can wait, é o que é. Regressando ao assunto, importa que o assento seja feito com rigor. O que está a cair não o céu inteiro, é um fragmento. Na prática, a devolução do destroço à terra é como se fosse um caroço cuspido por deus. Bem vistas as coisas, o engenheiro Desidério dos céus, mestre de obras, o cabrão do Didier para quem com intimidade lhe dirige apelos ou dispensa orações, é capaz de preferir pastéis de massa tenra e estar farto de aturar os supositórios tocados a foguete que muito têm importunado o senhor, posto lá nos exílio e descanso dele, no quintal dos céus. Dele até pode dizer-se puta que o pariu sem ofensa, porque, parece, ele não tem mãe. Também não tem pai. Coitado, o filho da puta nem órfão pode ser. Adiante. Neste tempo de crise subsiste a estupidez e o desperdício, no sentido em que não foi aproveitada uma oportunidade de negócio, vender capacetes para evitar a contundência do embate da coisa que vem embalada desde lá de cima. O mercado potencial era a humanidade, gregos e o senhor ministro adjunto e dos assuntos parlamentares incluídos. Entretanto, em horário zulu, o equinócio aconteceu às nove horas e quatro minutos, mais uma hora na pátria ditosa e mais duas horas nas adjacências açoreanas. Começou o outono da nossa salvação. Que ninguém seja mais fodido do que vai ser. Atenção à cabeça. Bruce Bílis.

Referência

2003/2024 - danados (personagens compostas e sofridas por © Sérgio Faria).