o Ruben bala. na repartição de finanças declarou como profissão domador de hipopótamos, palhaço e homem-bala. omitiu ser montador do estaminé, quase estivador, martelar cavilhas gigantes no chão e esticar os cabos que elevam e sustentam a tenda. actualmente o negócio está mau. embora muita da renda seja ao negro, os espectadores não abundam e, assim sendo, o escapismo fiscal não rende. a história faz lembrar ein hungerkünstler, o conto de Kafka. disparado a mais de duzentos quilómetros por hora, está assim estampada a promoção do espectáculo num dos camiões do circo. na verdade não é o que possa julgar-se. Ruben é projectado e cai numa rede. é apenas isto. apesar dos nervos, das vozes sussurradas e do rufar dos tambores, é triste. O Marquês.