Regras que nunca te dirão, xxviii. Descobre as tuas pegadas quando não souberes o que te levou até onde estás. Segismundo.
said...
“Não creias, Lídia, que nenhum estio/Por nós perdido possa regressar/Oferecendo a flor/Que adiámos colher./Cada dia te é dado uma só vez/E no redondo círculo da noite/ Não existe piedade/Para aquele que hesita./Mais tarde será tarde e já é tarde./O tempo apaga tudo menos esse/Longo indelével rasto/Que o não-vivido deixa./Não creias na demora em que te medes./Jamais se detém Kronos cujo passo/Vai sempre mais à frente/Do que o teu próprio passo.(Sophia de Mello Breyner, livro “Dual”, 1972)