Talvez. Contingência, não coincidência. Numa prateleira, Bellow junto a Berlin, Herzog encostado a Four Essays on Liberty, edições originais, os anos sessenta em que ele nunca esteve e de que nunca saiu para contar como foi. Também nunca quis, embora nunca seja palavra demasiada no que concerne a quereres. Retornando à observação do caso, os géneros estavam misturados sem ele saber porquê. Não foi ele que aproximou Bellow de Berlin, que soem ter paradeiros distintos. A distância não é de prateleira, é de estante, o que no caso significa também parede. Sem averiguações, decidiu manter o erro, aproximando-o agora do único dinheiro que ele respeita, uma nota de quinhentos escudos onde escreveu nec unum hoc scio, me nihil scire, relíquia exposta na coluna da estante que está mais próxima da porta. Ele, que deseja cada vez mais ser um cão, gosta das coisas simples. O resto que se foda. Segismundo.