o Bráulio da lavandaria. ouviu os passos, o toque de saltos altos na calçada. as mãos dele começaram a transpirar, o vibratto cardíaco intensificou-se. os passos aproximavam-se, sugerindo um andar lânguido, de passerelle, batido na pedra. ele sentia-se um território íntegro, uma biografia a crescer. advinhando a oportunidade, percebeu a compulsão da língua. no flanco oposto da esquina de onde se prenunciavam os passos, saboreava já a calidez dos trinta e sete graus centígrados, a hemoglobina vertida nos lábios. naquela noite, não obstante a menstruação que era capaz de cheirar, não haveria de lavar lençóis. O Marquês.