Encher preservativos. Os arquivos da estupidez são elucidativos. As pessoas tendem a rir como hienas perante a estupidez alheia quando documentada e exposta. É como ver os assomos de um arquitecto, está tudo lá dentro. E é assim porquê? Não é por a estupidez ser rara, que não é. É por a estupidez espraiar-se sobretudo em regime de reserva, com cautela, em espaços e sob condições que não permitem facilmente as suas identificação e denúncia. A estupidez franca, publicitada, embora também frequente, não é tão frequente e consequente quão a estupidez reservada. O que, por si, é um indício de que a estupidez não é um jorro de desatino incontrolável. A estupidez é capaz de se resguardar. Aliás é quando se sente protegida - o que no caso significa impune - que a estupidez mais tende a ousar ser estúpida e consequente. Sob os modos mais diversos. Isto a propósito de uma professora que não sei o quê sobre educação sexual em exercício lectivo. O que talvez devesse preocupar um bocadinho. Pelo modo como a estupidez foi documentada na circunstância e serviu a denúncia, através de uma gravação áudio feita por uma aluna numa sala de aula (1). E pelo que revela que é necessário fazer também pela educação sexual de quem professa em sala de aula (2). A viúva.
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(1) Com jeitinho, o big brother em panáudio, posto nas mãos de cada uma e um de nós, talvez um dia venha a ser capaz de foder cada uma e um de nós também.
(2) Aliviar as tensões da líbido é bom. A cópula é nossa amiga. A masturbação também. E sexualmente não há prova melhor do que a experiência, enquanto vivência e ensaio, tipo seja o que deus quiser, sem que deus tenha puto a ver ou a haver do assunto. Com umas conversas prévias, claro, para desbravar a matéria e a prática. Porque, sendo prazenteiras - sobretudo a prática -, tais matéria e prática têm as suas consequências. Algumas delas bastante desagradáveis. Estar avisado disso não faz mal. Como mal não faz resolver a tesão. Como se não houvesse amanhã ou depois. Porque há. Convém apenas estar preparado.