Diálogos, x. Se o tom exigido era académico, por causa do paradigma e da tradição, eu escrevia muitas vezes a palavra Kontrakultur nos meus ensaios. Se lia os rascunhos de tais ensaios, por que é que não escreves contra cultura?, em português, perguntava-me ele. Até que uma vez escrevi contra cultura, não Kontrakultur, e pedi-lhe para ele rever o texto. É pá, tinhas razão, ó querida, isto assim parece cona cultura, disse ele, com riso de hiena. Fick Dich, disse eu, como se lhe estivesse a agradecer. Não foi logo à primeira, foi à segunda, que ele percebeu que eu não tinha dito Danke schön. A viúva.