Cenas do próximo capítulo. Em portugal, muito da política é coreografia burlesca. Até que um dia qualquer vem o senhor presidente da república dizer umas quantas banalidades - banalidades porque sentenças óbvias - e uma série de gentios e plumitivos da praça sobressalta-se, tanto que uns e outros começam a imaginar que a comédia, afinal, não é comédia, é coisa a sério. Era comédia antes e continua a ser comédia agora. Perante as peripécias de sempre, o que mudou foi a vontade de rir dos gentios. Agora já não há ou há muito menos vontade de rir. A crise na óptica do utilizador não tem piada. Por isso, não sendo, parece grave e novidade o que o senhor prof. doutor Aníbal Cavaco Silva disse recentemente sobre a política para as estatísticas e sobre o empreendedorismo para resultados garantidos pelo estado. Ó. Nicky Florentino.