Post de informação, ii. Senhor Eça Puta, o meu problema com o transcendentalismo começa e acaba em mim, mesmo quando alguém grafa putaça para referir potassa, lapso que não se comete na província. O mais kantiana que alguma vez fui foi quando processei num triturador de papel possante o volume cartonado de Critik der reinen Vernunft editado pela fundação Calouste Gulbenkian. Foi uma satisfação orgasmática, semelhante ao que outros chamam ruptura epistemológica, porém sem ruptura. Ruptura sofri apenas a do hímen e uma vez só. Foi a fazer ginástica. É por isso que, como hei-de dizer-lhe isto?, continuo propensa a terçar abóboras de casca grossa da região do Tâmega. E não descarto um romance com um violador de melancias.
Miquelina Abóbora dos Santos