cartas de ducasse à mãe
antes da ideia das epístolas. oito de abril de mil novecentos e dezassete. saiba-se que não tento agradar à minha mãe. as minhas palavras lavram chão do diabo. não são vultos, não são diques, são o formão no seio das coisas, o esforço que tento contra a esperança que possa haver ou que alguém tenha. putas sem a fama e o prestígio das putas, as minhas palavras são instrumentos de derrube e da paisagem. hão-de ser a vergonha da minha mãe, a causa do seu lamento e da sua pena. não as deterei. também não gosto do meu pai. Edgar da Virgínia.