cabaret rimbaud
# viii. enquanto extensão material, o corpo é a peça nua que nos concretiza. às vezes o delírio ilude este facto e, sucede, confundimos o corpo com o espaço, o corpo com o chão. embora haja uma certa dificuldade em admitir a ocupação ou o preenchimento do corpo pelo espaço, em muitas circunstâncias o corpo é o chão pelo qual nos sentimos levantados e preparados para a queda. quando o delírio passa, depois, percebemos que podemos renunciar à segunda dimensão do plano e continuar deitados. o que significa que, pelo corpo, somos também alcançados por uma certa felicidade, a felicidade que é consequência da queda. Edgar da Virgínia.