os feitos e os defeitos de Lazy González, xiii. os homens despachavam o rigor diante de uma garrafa. eram seis, sem contar com o estalajadeiro atrás do balcão. quatro jogavam cartas, dois estavam sozinhos, um deles bêbado e derreado na cadeira. três mesas ocupadas, uma garrafa sobre cada uma. o copo pequeno ao alcance de cada um dos homens foi usado várias vezes. coincidindo com a recolha da última vaza de espadas daquele jogo, Lazy González entrou de rompante e dirigiu-se ao balcão. sem nada dizer, lançou a mão esquerda sobre o gargalo de uma garrafa, com a outra mão desarrolhou-a e levou-a à boca. sorveu um trago. o ambiente era de oração. um de vós vai morrer, ele informou os presentes, devido a uma questão de honra pendente. dois dos jogadores levantaram-se e, mal haviam posicionado o corpo, foram abatidos com tiros certeiros, no coração. Lazy González devolveu o revólver ao coldre e, um não é dois, mas tenho cada vez menos paciência para averiguações e especificações, comentou o sucedido. O Marquês.