De filha/filho da puta, riscar o que não interessa, mas deixar o da puta porque é aplicável. Um gajo esforça-se por e para ser liberal old fashion, no entanto o mundo não colabora. Pela segunda vez, uma filha ou um filho da puta, de quem desconhece-se se a mãe é ou não é puta, mas a filha ou o filho que for, isso é certo, é da puta, roubou-lhe a antena da cápsula automóvel. Como as antenas para carros custam a todos, ele deseja que aconteça a quem cometeu a proeza as mesmas desgraças que ao gajo da intifada dos Smix Smox Smux. É mau? Não o suficiente. A filha ou o filho da puta que vá roubar antenas de carro para a puta que a ou o pariu. Segismundo.
Post scriptum. A propósito deste caso prático de filha ou filho da puta, algumas e breves considerações sobre a dissertação da Fernanda sobre filhas ou filhos da puta. Não é necerrário invocar o Discurso sobre o Filho-da-Puta (Lisboa, Editorial Teorema, 1977), de Alberto Pimenta, para perceber que, em princípio, a mãe é quem menos tem a ver com as filha ou os filhos da puta. É um facto que, em qualquer filha ou filho da puta, a mãe é um assunto de princípio. Porém a filhadaputice de filhas ou filhos da puta é uma questão estrita de filhas ou filhos da puta, de ninguém mais, excepto as vítimas das filhas ou dos filhos da puta, justamente quem, para além das filhas ou dos filhos da puta, constitui o motivo das filhas ou dos filhos da puta. Ou o caralho que as ou os foda.