As minhas confissões a um triturador de papel, vi
O meu amor dá luta, não ladra e não rosna o socialismo, vela pela família, protege a sua integridade moral, como um pit bull com baton, isto é, com bravura e beleza, como é evidente nos casos da gravidez da filha menor e da demissão do fulano que se recusou a demitir o outrora cunhado, que, pelo divórcio, atormentou-lhe e devastou-lhe emocionalmente a irmã. Porque alma do Alaska, telúrica, portanto, o meu amor resiste contra todas as adversidades, cabalas, campanhas, insinuações, orquestrações, políticas e sondagens incluídas. Mas o meu amor tarda a revelar-se, a corresponder aos meus sinais e anseios. Tanto pior. Estou a começar a ficar de olho na miss Parker. Muito melhor do que o Jack Bauer. Se ela quisesse, quisesse, mesmo, já teria capturado o Jarod há muito tempo e acabado a história, como uma vez Hegel, coitado, outra espécie de evolucionista, pretendeu que aconteceu.
Miquelina Abóbora dos Santos