Uma questão de poesia. Dizeres que é um periscópio sem função óptica não é excitante, repreendeu-o ela. Ele quis saber porquê? Irritada, ela explicou-lhe, porque desde pequena imagino os submarinos amarelos. Ele recuperou os braços após a desenvolver. Isso significa que não queres fazê-lo na banheira?, perguntou, ao mesmo tempo que agarrou os ombros dela, para que, não obstante a distância entre os corpos que o seu gesto provocou, mantivessem o contacto entre os olhos. Na banheira?, exclamou ela a interrogação, não sejas depravado, antes de acusar-lhe a imoralidade, vê se consegues ser mais poético, e a competência estética. Depois soltou-se, afastando as mãos que a agarravam. Por instantes ele ficou vencido. Baixou os olhos. E remoeu a recusa, até voltar a encará-la, este é o teu céu com diamantes, para dirigir melhor a sua mão direita cerrada em punho. O Marquês.