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Albergue dos danados

Blog de maus e mal-dizer 

2008-06-26












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(i) isto é curioso porque o homem que assinou o cheque está morto. ele estacionou o carro na rua lateral, entrou no prédio, depois no elevador, carregou na tecla para subir até ao quinto andar, mas, durante duas horas, o elevador não saiu daquele patamar. foi a vizinha do terceiro esquerdo que, ao chegar, vinda do arraial dos santos, deparou-se com a cena, o homem degolado, com a cabeça quase separada do corpo, vários golpes no tronco, ensanguentado, e gritou. quem ouviu acorreu mais para testemunhar o terror gritado do que em socorro. isto foi o que, como matéria de facto apurada, o investigador inscreveu no relatório. o que significa que até hoje não se sabe o motivo por que não foi encontrado qualquer recibo, a atestar a compra que motivou a emissão do cheque referido, dentro de um bolso ou da carteira do homem morto. o que se sabe é que a investigação prossegue e que o investigador parece envolvido no caso com intensidade e dedicação maiores do que aquelas que preescrevem como recomendadas e justas os manuais, as regras e a deontologia policiais. por exemplo, são conhecidas as simpatias excessivas dele para a agora viúva, que ele tem visitado assiduamente, invocando o processo de investigação. testemunhas várias asseguram ter escutado risinhos e ruídos, típicos de amantes em labor, que coincidem com a presença do investigador em casa dela. há até quem assegure ter ouvido a senhora a gemer e gritar ai aurélio, espeta com força. aurélio é o nome falecido, pelo que a vizinhança não descarta a hipótese de ele estar em estado de alma penada e, portanto, haver um fantasma no prédio. o que não é bom para a reputação e a cotação do imóvel. entretanto, ontem, foi entregue uma cama de pregos e um colchão ortopédico no domicílio da viúva. relutante a princípio, ela anuiu e assinou a prova da entrega, na faixa sob o picotado, a seguir à expressão «recebi a mercadoria constante desta guia de remessa», porque, na ocasião, entregaram-lhe também o recibo que não havia sido encontrado, emitido em nome do seu marido falecido, antes um faquir reputado. Edgar da Virgínia.


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