Outro paralelo a propósito de pacotes de massa cotovelinho et cætera. O Jack Bauer não ouve The National, não usa The National. Ponto final. Mas há quem tenha dificuldade em encaixar o facto. A dificuldade é tanta que a rampa da contraposição levanta a fasquia a tal altura que chega a invocar-se Foo Fighters porque um desgraçado chamado Kurt Cobain finou-se encharcado na própria miséria. Na evolução estimada do argumento, está aqui está a invocar-se os New Order ou os Def Leppard, estes porque o baterista é maneta - em rigor, é mais do que isso, não tem o braço esquerdo. Repetir versos utilizados meia dúzia de anos antes não é analepse, coisa que danado que se preze não sabe o que é. Também não é catacrese, tropo de foro semântico - a analepse, como a prolepse e o zeugma, ó, o zeugma, são tropos de foro sintático -, que nenhum danado sabe o que é também. É repetição. Pode chamar-se-lhe estilo. Está bem. Mas estilo é coisa de manso. O Jack Bauer, por exemplo, nunca repete a tortura, aprimora-a. É nisto que está a diferença, na progressão. Porque, na prática, as canções paneleiras dos The National são um analgésico com estatuto semelhante ao paracetamol. Fraquinho, fraquinho, recomendado para resolver dores de cabeça, não a cabeça. E vá, vai lá ouvir The Wombats. Segismundo.