Uma questão de gravidade e além. Qual é o limite do amor?, não sei, mas sei o que são grainhas de maçã, declarou Eva, junto ao portão do jardim. Albert, entretido com uma lanterna, apontava-a no sentido de uma macieira, cujo tronco ostentava a palavra Isaac gravada a navalha. O limite do amor é o limite da velocidade da luz, como a desta lâmpada, apontou para a lanterna, conforme lançada num lance de dados. Eva avançou para encontrar Albert. Defendes a teoria do amor como casualidade?, como produto da contingência?, interrogou-o ela enfanticamente. Ele deu dois passos em torno da macieira e, sim, julgo que o amor não é um fenómeno semelhante à queda de graves, disse. Eva deteve-se por instantes. Se consigo compreender-te, tal significa que o amor não depende da queda de uma das partes sobre a outra, da atracção, é isso?, tentou ela indagar pormenores sobre a asserção de Albert. Para ser sincero, explicou ele, em geral o amor parece-me relativo. O Marquês.