Da soltura. Escreveu o Joaquim, “o laicismo é um caminho para a escravatura”. Poderia ser um caminho para outro lado qualquer, mas, não, escreveu o Joaquim, é para a escravidão, mesmo. Ele explica, “o direito à vida, à liberdade, à propriedade e à procura da felicidade são inalienáveis porque foram conferidos por Deus aos homens. Ao eliminar Deus o laicismo distorce, fragiliza e aliena os direitos que nos tornam livres e portanto é um caminho para a escravatura”. Ou seja, um gajo ou crê em deus pai todo poderoso, o grão emancipador da espécie, ou é apóstata e, portanto, cativo das paixões e das hermenêuticas circunstanciais, vertidas contra a espontaneidade divinamente (im)posta. É curioso como o Joaquim escarnece o juízo, supostamente também concecionado pela divina providência aos mortais. Compreende-se. O caso explica-se com uma parábola quase evangélica. Cite-se o Luís, “é preciso ser autista, auto-centrado ou completamente desprovido de imaginação para ter de convocar um terceiro quando se quer ver a mulher amada a foder com Outro”. É mais ou menos o mesmo quando a gaja se chama liberdade. Segismundo.