Procissão dos dias comuns. Isto está tudo mais ou menos em fase «o caralho». Autenticamente fase «o caralho», que é o interlúdio indefinido entre a vaga sossegada e o apocalipse. A paciência a roçar o zero negativo. Os créditos em mãos alheias. O spread, a euribor, a cotação do crude em pipo Brent. O preço do açúcar mascavado e o senhor comendador Joe Berardo a perorar. Quase a acreditar que o pai do menino Jesus não é um amigo imaginário, mas é uma encarnação vetusta do Jack Bauer. Quase a admitir que há virgens em segunda mão e que, no fosso ou no paraíso, elas são como o alecrim aos molhos. Quase a julgar que isto coaduna-se com todos os dias e todas as horas e a sua continuação. Mas não, não pode ser. Assim é a fase «o caralho mais velho». E para essa, ufa, ainda falta um bocadito. Ou o caralho. Segismundo.
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