Logout, i. Corre muito quieto, esgravata, passa, nada diz. Escreve no caderno enquanto caminha, coça a cabeça, raspa as lêndeas com as unhas. Mastiga apressadamente a carne, o bolo de carne assada. Escolhe um shampoo da prateleira, anti-caspa, com condicionador. Agora passa mais devagar, cospe, molha o lápis na língua e escreve no caderno, numa caligrafia de falido, de muitos cheques mortos na compensação em lisboa, assento de insânia. Puta que o pariu, está a acabar, quase a acabar, mas ainda não acabou, mas vai acabar agora. Deita o caderno no chão, pisa-o com um pé, pisa-o com o outro pé também, rasga a folha onde escreveu assento de insânia, guarda-a num bolso das calças. Filho da puta, não há mais quem. O bolso está roto. Ele passa outra vez quase sem passar. A folha cai, perde-se. E a chuva cai sobre a folha. É o fim, este fim, só falta escrever uma última vez assento de insânia, antes de terminar. Cá está, assento de insânia. O Marquês.