Hell privé. O sangue compactado numa haste da carne. A força concentrada num ponto, para além da aliança. O arrombo até aos rins. A continuação. Os corpos nunca aliados. Um que geme, magoado, servido por movimentos bruscos de possessão, não pelo ritmo balanceado do outro. A sensação de alojamento e aconchego naqueles rins. A continuação. O plano fundo dos rins maçado. O pénis também, porém modo baioneta. Os corpos como sólidos, sem renúncia a si. Uma ferida aberta. Mais. Mais. Mais. Mais. Mais. Mais. Mais. O impacto. A continuação. A continuação da força, do impacto, do rasgo. Os corpos sem cedência, um em conquista, o outro inclinado, em recusa. Aí a dor sem consolo, sem esquiva. Ali um corpo sem remorso, aquele. A colonização. As marcas imprimidas no outro, as equimoses. A força exposta. O derrame e o odor da conjura. O domínio fechado. O fim. A continuação. E tudo isto ainda não lhe é memória porque é o que está a acontecer. O Marquês.