Em agosto não há urgências. São as horas lentas e ledas e o trabalho empanado, à espera. O almoço estendido, derramado além do fim. Hoje não, hoje não, não pode ser, soa a consciência profissional. É urgente. Não pode esperar. Está bem. Se fosse mais tarde, poderiam falar sobre Djävulens öga ou Vargtimmen. Sobre quê? Está calor, não está? Não, não pode ser, porque o colega que trata daqueles assuntos está de férias. E agora? Agora o quê? Durante a ausência dele nada pode ser feito, agora só em setembro. Agora é agora, mas do outro lado do telefone agora é em setembro. Mas, em agosto, setembro é demasiado tarde. Obviamente que o caso não é assim tão urgente. Pode ser tratado em outubro ou em novembro ou depois, à portuguesa. Paciência. Até à palavra «paciência» o diálogo estava a ser cordial. Segismundo.