A varina que teima em passar. Lisboa é sinistra quando calça as socas e marcha. Ao cheiro fétido da sardinha assada junta-se o mofo e a essência de naftalina entranhada nas tradições rés-do-chão. Saem à rua os arcos, os balões e todo um circo de revivalismo trôpego, para manter o facho de antigamente aceso, do tempo em que a vida, ó a vidinha, e as coisas eram autênticas e decentes. A turba manjerica exulta. Os manjericos também. E o cadáver popular arrasta-se num efeito de histerese que demora a passar. Valha-nos a teelvisão. Segismundo.