O jogo da glória. No instante da sentença, os fazedores - eufemismo de os grandes - tendem à intrasigência, à soberania, porque os outros não fizeram ou não fazem. Iludem-se porém, porque a sua condição, de fazedor, que lhes suscita a sensação de ascendência moral sobre os outros, decorre justamente do facto de outros não terem feito ou não fazerem. Esquecem, portanto, que dependem dos outros, mais exactamente do que os outros não fizeram ou não fazem, para serem fazedores e, por isto serem, atribuírem-se a legislação e o juízo maior sobre a factura do mundo. O caso, no entanto, é de fractura sobretudo. Segismundo.