Integralismo lusitano. Consta que o senhor presidente da república mandou recado ao conselho de administração dessa entidade pavio chamada rádioteelvisãoportuguesa. Que não gostou que a transmissão da cerimónia comemorativa do dia de Portugal, de Camões e das comunidades portuguesas tivesse sido interrompida. Que o caso é «incompreensível» e «inaceitável» foi assim que redigiu a pena do queixoso. E porquê? Porque um gajo, com a portugalidade a pulsar-lhe no sangue e na honra, onde quer que seja o canto do mundo em que se tenha refugiado, merece ver a cerimónia referida na íntegra. Como surge óbvio, o melindre do senhor presidente da república exorbitou. Para começar, por uma questão de salubridade, deve haver uma distância oceânica entre o rectângulo, este, e as tropelias do funâmbulo Chávez. A seguir, não por acaso, o povo tuga lá longe quer distância. E o daqui, não obstante, também. Para além disso, convenhamos, o funcionamento regular das instituições nada tem a ver com o que o canal teelvisivo público exibe ou deixa de exibir do folclore nacional e da mão penhorada sobre o peito luso. Pelo que um respeito maior respeito aos símbolos pátrios implica a alienação com produtos teelvisivos genuínos, não com as missas pardas de sueminências e respectivo cortejo de ilustres amestrados. Segismundo.