Suponha-se que é dinamitada a cabeça do senhor dr. Almeida Santos. Partir pedra não é tão mau quanto possa ou usa julgar-se. A este propósito, recorde-se o início do filme O Brother, Where Art Thou?, realizado por Joel Coen. Recorde-se, muito em particular, o friso de prisioneiros a malhar calhau e a cantarolar “Po Lazarus”. O trabalho não liberta, mas é alegria. Foi convocada esta memória para corresponder ao exercício de amparo solicito que o senhor dr. Almeida Santos decidiu emprestar às declarações desassisadas do senhor ministro com mando sobre os aeroportos, aeródromos e radares. Que “o sul tem um problema”, disse ele, o insigne senhor presidente da trupe socialista. Suponha-se, de suponhamos, que dinamitam uma ponte. Ora, depois, como é que é? Sim, como é que é? Como é que é possível atravessar o Tejo?, para ir para a banda do deserto. Sim, como? Mais. Suponha-se, de suponhamos, que um gajo quer ir apanhar um avião a Faro ou quer ir dar uns mergulhos à praia dos Tomates e que uma ponte foi dinamitada. Suponha-se, nada custa. Como é que um gajo se desenrasca? A única alternativa azougada, está mais do que visto, é ir apanhar balanço a Alenquer e levantar voo. Nicky Florentino.