O limite trágico do regime. O que é mais desconcertante nos rituais de celebração da democracia é a ilusão ou a incapacidade de expressão do sentido trágico do regime. Ao celebrar-se a democracia celebra-se uma inexistência, mas quase ninguém percebe isso. Aliás, a celebração referida só não é uma oração fúnebre porque isso pressupõe a consciência de uma desaparição. Como não pode conceber-se o desaparecimento do que nunca apareceu, a solenidade da celebração também não pode expressar a condição trágica da democracia. O que sobra? O sentido patético de falar em nome de. Nicky Florentino.