Contra relógio e o resto do mundo. A pergunta «a que horas começa o dia?» é um modo de enganar ou de apreciar enganadamente os modos e os ritmos de vida. Porque o meu dia é o «meu» dia, o teu dia é o «teu» dia, o seu dia é o «seu» dia, não há o «nosso» dia. E, não havendo o nosso dia, não há o dia. Há dias. Como este, em que ele descobriu um poema de António Ramos Rosa com o título “Para Boaventura de Sousa Santos”. Por isso, hoje, qualquer que seja a hora a que acorde, ele decidiu não dizer «bom dia». Segismundo.