Acácia, meu amor # xxv. Sob as horas do crepúsculo, a plataforma da savana quase que se recolhe. Torna a quietude ao que, antes, o sol animou. Mas se calha as horas do crepúsculo encontrarem em mim as horas da necessidade, pulsa-me uma vibração forte. Por esse impulso, o meu corpo contrai-se, o modo predador estabelece-se on. Foco um escopo largo, com presas alternativas. Estendo os músculos. Ensaio as garras. A partir de determinado limiar, antecipo o movimento, como no cinema. Uma prolepse. E em silêncio discorro quase uma oração. Necessito de ti, como se a tua carne me fosse uma promessa, justamente por eu ser o destino da tua carne. Eliz B.