Acácia, meu amor # xxii. Sabes?, meu amor, às vezes não consigo diferenciar nostalgia e preguiça. Parece que tudo se conjuga em mim, em simultâneo e indistintamente. Nessas ocasiões protejo-me na sombra, do calor e dos outros. Contrato a solidão para companhia mais próxima. Esqueço a savana, as corridas, o cheiro da terra e do sangue, a música das tardes lentas, o ritmo do cerco. Enquanto permanência, tu e a tua guarda são as minhas únicas certezas. Ausento-me, suspendo os olhos, os sentidos. Os meus olhos a contraluz, a brilhar, esqueço-me deles, se o sol não os golpeia. Serão bonitos?, os meus olhos, ou serão apenas a guia da necessidade que me preenche? Eliz B.