We’ll always have Odemira. Por mais incómodo que seja para as criaturas com sensibilidade Disney, é conveniente não interromper a validade da doutrina de Malthus. Há quem morra pelo bem, sobretudo pelo bem estar, de outros. Isto é um facto, não obstante a modernidade e a paranóia igualitária tenham subsidiado entendimento e melindre diferentes. Se dúvidas houver, atente-se na evidência sobeja fornecida pelas retóricas prevalecentes e indolores. É por isso que, nas circunstâncias actuais, embora compreensíveis, as declarações do senhor porta-voz da turma de peritos que elaborou uma proposta de requalificação dos serviços de urgência do serviço nacional de saúde - “com a nova rede, a probabilidade de alguém morrer desnecessariamente será menor do que existente” - mais não são do que um subsídio para a alienação persistente. Portugal é e deve continuar a ser as suas urbes e as respectivas coroas suburbanas, junto com os gentios que aí habitam. O demais território não é chão para ambulâncias, assim como a demais fauna autóctone não é raça que mereça a atenção em qualquer urgência. Nicky Florentino.