A separação das ordens. Embora não seja exclusivamente nacional, verifica-se a tendência a uma sobrevalorização da dimensão política da generalidade dos casos bizarros relacionados com a administração pública. Em Portugal, um dos exemplos mais flagrantes dessa paranóia está inscrito na agenda actual, a situação no órgão executivo do município de Lisboa. A ignorância sobre o que é um município atinge tais proporções que, (des)orientados por um trambelho sôfrego, são muitos os que entendem e pretendem que a eleição intercalar da Câmara Municipal de Lisboa permitiria resolver o problema. Porém subsiste um problema. Admitindo que há um problema, o problema é que o problema na Câmara Municipal de Lisboa é nada ou pouco político, mas judiciário sobretudo. Nicky Florentino.