Para uma fenomenologia do chamamento e da invisibilidade. Na rua dele. Em sentido contrário vinha uma mulher. Antes de se cruzar com ele, a mulher parou, voltou-se para trás e, em apelo, disse anda, anda. Esperou uns instantes. Depois retomou a caminhada. Deteve-se adiante, pelo menos mais duas vezes, para repetir o apelo paciente, anda, anda lá. Nada ou ninguém que fosse visível seguia aquela mulher. Mas ela, num ritmo intermitente, interrompia o passo, esperava e chamava por algo ou alguém. Não se sabe o quê, não se sabe quem. Segismundo.