A constância das eras. O tempo é um absoluto, cujos limites são o «antes» e o «depois». O ritmo desse absoluto é elíptico, embora seduza a ideia da sua forma derramada, fluída. De fluxo, portanto. De algum modo, o tempo é assim, uma sucessão pautada. Atrás os trinta, adiante os quarenta. Uma espécie de impasse. De onde tende a sobrevir uma sensação grave. Que daí, de tal impasse, há duas saídas possíveis apenas, ou pela suspensão ou pela derrapagem. À suspensão chama-se morte. À derrapagem chama-se envelhecimento. Não há escolha. De um ou de outro modo, o tempo matar-nos-á. Segismundo.