Acácia, meu amor # xviii. Ai, ai. O sossego é o corpo saciado, a carne a macerar em carne, em digestão. É nesse estado que me deito e estendo o corpo sobre ti, meu amor. A brisa corta, dissolve o perfume do sangue, leva-o. Agora apenas nós permanecemos, a minha pele sobre a tua, na quietude dos amantes. Nós dois, tu e eu, apenas, nada ou ninguém mais. E, sabes?, assoma-me um ritmo de cadência demorada, a carne vence-me a partir de dentro. Por isso, por instantes reservo-me a contemplar a frente, a sentir o tempo escorrer. Olho a perder, sem atenção. Depois do sossego, cresce-me a letargia. É sempre assim. Não tardará o sono. Guarda-me, meu amor. Hoje não correrei mais. Estou e estarei apenas para ti. Guarda-me. Eliz B.