Pátria valente e imortal. Portugal reconfigurou-se. Modernizou-se, diz-se. Como consequência da modernização, muitos lugares do mapa pátrio esvaziaram-se ou ficaram vazios. A vida é assim mesma. Uns quantos morreram, outros abalaram em prol de vida melhor. Em termos demográficos, a escala desses lugares diminuiu. Agora, começou a tornar-se evidente que uma parte significativa do território não tem uma cobertura eficaz de um conjunto de dispositivos. Provavelmente nunca teve. Acontece, porém, que alguns desses dispositivos estão associados à garantia de direitos fundamentais, direitos um.zero, não de direitos de inclinação, mania, orientação ou sensibilidade, direitos quatro.zero. Parte desse défice de cobertura deve-se ao facto de, para não ser assim, ser necessário assumir custos que têm que ser suportados por via do orçamento do estado. Mas o problema político mor em agenda não é esse. O grão problema é o défice orçamental. O que faz com que o modo como os gentios e o dinheiro (e)s(t)ão distribuídos pelo chão português seja fado. E não um problema político de coesão e de integridade da pátria. Ainda bem. Porque assim, em aparência, o caso é menos complicado. Se alguém morrer, abre-se um inquérito. Nicky Florentino.