Fascínios. Ele fascina-se com coisas menores sobretudo. Com maçãs, por exemplo. E também com espelhos e com nevoeiro. Com espelhos e nevoeiro porque, para si, constituem um desafio óptico. Diante um espelho, assim como perante uma massa de nevoeiro, ele tende a colocar a questão do limite, até onde é que?, como se tentasse o seu endereço. Também é a oportunidade em que, no seu corpo, sente a condição de ninguém confluir com a condição de alguém. A textura do anonimato encontra-o e confronta-o com uma hipótese que o confirma, um reflexo ou a presença no interior de uma opacidade. É por isso que, enquanto fascínio, as maçãs são-lhe mais exactas. E mais carne. Segismundo.