Coordenadas. Imagine-se alguém, qualquer alguém, cuja posição em relação ao mundo não defina mais do que um ângulo agudo. Por outras palavras, admita-se alguém, simplesmente alguém. Agora sonde-se. Onde é que existe mais mundo?, no arco diante ou no arco atrás desse alguém? Segismundo.
said...
É nessas alturas que perfilo hologramas
interiorizando toda a magnificiência de
permeio calibre, como cera extroVertida
acrescentamo-nos aos electrões visíveis
pouco preocupados com dietas empinadas,
esbrachejam pelo assalto à memóriarreia
seleccionadora da imaginação a esquecer.
Mais importante que minha morte é
amamentar líbidos intelectuais a serem-
-vivos, pois nem uniformes nem rugas
têm direito de ameaçar empolgamentos
instântaneos por mexer em vidros embaciados,
uma migalhinha de 2c-B faria abrir teu troar
amarrado aos decertos riscos do mau-senso.
Talvez terror às vezes demais para neuróticos
que nunca enfrentaram prendas com pesadelos,
não entrem em iletracia porque vai passar e
custar a adormecer para depois alterares o
que viste cego, cerziu-se cupidamente, sem
arado ceifaste contendas galáctias no anelar e a
mobília aparenta agora estar confusa, cansada
do som cerebral amordaçado ao corpo aflito e
abraçado à sala-de-convívio-no-ar-livre-purificado,
arranhado-rectângulo, se insististe em pensar nisso.
Sou alguém sem nome, irreconhecível finalmente,
desprendido dos lamirés de latoeiros em estendal
sujeitados a rastrear máscaras demonstrativas de
impulsos nas comédias de reforço que padecemos,
ante o imperialismo esteróide, matamo-nos e
ressuscitamos condecorados de dançarinos mortos,
mas bravos, insignificantes asteróides neo-junkies.
Seja coberto de pulmicort, lama, sabão ou amaciAdor
aceito descobrir pelo método metafísico a euforia
que flutua em ângulos redondos, sem relógio
nem impostos, ai como vos adoro contemplar
displicentes estopinhas, fariseus das flores não
colhidas, vocês suportam acontecer e penhorar,
susceptíveis a contradizeres que confragem
os ensejos por doçuras em surdina e sem crédito,
nada é obrigatório mas vais sentindo os trejeitos.
À margem da alvenaria mastigamos vãs vagens
provenientes da loucura não tendenciada a seguir,
é sua propriedade ser influenciada pelo pingar do
algeroz que funciona como farol e massaja a nuca,
é ser adobe que não afunda, boiando pelas paisagens
até às 7maravilhas que cantam, englobam e aquecem
mãos laser de plenitude bertacarbolina, parece não
ter consistência porque vive do oxigénio que nos
atravessa e aponta para o fio invísivel que seremos.
joão meirinhos 2004
in trepidação/trepanação
(ou a ausência de evolução)