Discípulo doméstico e nocturno de Pantagruel, escondido. Embora não seja apetite que o tome um número estugado de vezes, aconteceu-lhe esta madrugada, mais próximo das sete do que das seis da manhã. Dirigiu-se à cozinha, para se encontrar com a caixa das bolachas. Após tocar o interruptor, apercebeu-se ele de um grande aparato sobre a bancada. A cobrir esse aparato havia um pano grande. Fingiu que não viu e foi ao que ia. Aviado de bolachas, uma a ser mastigada e duas na mão, apertou-lhe a curiosidade. Pelo que tratou de ir averiguar. Havia três travessas grandes e uma pequena com arroz doce, descobriu, então. Numa delas notou um corte pequeno, quase insignificante, sinal de prova. Foi quando decidiu dar uma envergadura maior a tal sinal. Pegou numa colher de sobremesa e, devagar, cravou-a sucessivamente, acompanhando os riscos de pó de canela. Satisfeito, deteve-se quando metade da travessa, a maior, já exibia o fundo. E seguiu crente. Mais logo a senhora sua mãezinha vai pôr voz grave. E se houver visitas para o almoço, porque tal tipo de preparos usa a ter esse significado, então, porá ainda mais e a repreensão acontecerá diante de testemunhas. Caso, claro, ele compareça. Para comer ainda mais arroz doce. Segismundo.