Oratória. Às vezes, dissertar - assim como elencar - é um exercício difícil. Corre o discurso e, por um qualquer pormenor, empana súbito, numa palavra que falta, numa expressão que recalcitra, numa oração que escapa. Acontece. A solução elegante e óbvia para o problema é adiantar a expressão «et cætera». Mas, talvez porque o latim é uma língua morta e já não se fala na missa, o que quase sempre se utiliza para ultrapassar o impasse discursivo é a expressão secular «e o caralho». Ainda bem. Porque «e o caralho», enquanto o que é demais, mais do que «e tal», é o complemento exacto de tudo. Segismundo.